O convite foi feito pela Abracom. No primeiro evento do Fora da Caixa, a psicóloga e pesquisadora Ilana Pinsky, autora do livro “Saúde emocional: como não pirar em tempos instáveis” da Editora Contexto, conversou com as agências associadas da associação sobre saúde emocional no ambiente de trabalho, tempos instáveis, isolamento e conexões sociais. Enfim, falou-se sobre necessidades humanas, porque a caixa da comunicação vem se ampliando, e muito! Ainda bem…
É fato que o isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19 aflorou demandas no relacionamento empresa e colaborador antes, inimagináveis. Trabalhar em casa? Fazer reunião virtual? Ficar conectado durante todo o dia? Em alguns casos, não há mais o local físico da empresa. Em outros, mantiveram-se as instalações operacionais e as administrativas foram desmontadas. Mas isso, todos sabemos. O que fazer para manter uma relação positiva com o trabalho daqui para frente é que não.
Ilana recomenda exercitar o otimismo, ou seja acreditar que há solução e que os novos caminhos trarão realização pessoal e profissional. Ela define saúde emocional como estar em equilíbrio. Podemos tratar esse momento de grande transformação com flexibilidade e resiliência, sugere ela. Ponderar entre o que perdemos e o que conquistamos, tendo em vista o saldo positivo, como melhor qualidade de vida pela autodisciplina, menos estresse no trânsito e mais contato com a família. Ainda é uma incógnita se voltaremos à conhecida normalidade, provavelmente viveremos diferentemente.
A C4Life, cliente da agência, oferece um Programa de Apoio para suporte emocional e aconselhamento com orientação confidencial e de curto prazo para o funcionário lidar com problemas do cotidiano, pessoais ou profissionais, que impactam o desempenho e produtividade no trabalho.
Pela agência, temos trabalhado soluções para engajamento do púbico interno inusitadas, que vão desde ativações pelas redes sociais até plataformas que mensuram a jornada e a experiência do colaborador. Isso porque sem a possibilidade de encontrar as pessoas no ambiente físico de trabalho, o jeito é criar um ambiente de conexão virtual. Funciona? Sim! O que importa é ter foco nas necessidades das pessoas, o que traz clareza e muita objetividade nas ações de comunicação. Se por um lado, simplifica a execução, por outro, depende muito mais do engajamento e da participação de cada um.
A pergunta é: em quais assuntos o colaborador se sente motivado a colaborar? Entendemos que essa questão precede qualquer plano ou estratégia de engajamento. É nesse momento que usamos a empatia para nos colocarmos no lugar do público interno e perceber como comunicar o que eles precisam. E de forma mais estruturada, existem modelos de escuta e relacionamento que coletam a percepção das pessoas. Envolvidos no processo, passam a colaborar para a solução com ideias e sugestões de melhoria. Ocorre que endereçar essa consulta pontualmente não basta. O desafio é ter continuidade, é estabelecer um novo modelo de gestão de pessoas e de gestão da comunicação. Estamos em pleno exercício disso e quanto mais trocarmos experiências mais rápido teremos respostas!